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Mais um trecho do Projeto ABC Musical- Naná Vasconcelos, Maestro Gil Jardim, 120 crianças da rede pública de ensino de 7 a 10 anos, OCAM, Orquestra de Câmara da ECA/USP e convidados; Jether Garotti, Ari Colares e Luiz Guello.
Bom dia com essa preciosidade de projeto!
#nanavasconcelos
@maestrogiljardim
@garottijrjether
@ari.colares
@luizguello
@ocam_usp
#educacao
#musica
#projetosocial
#percussao
#nana80
Entrevista inédita para o Projeto ABC Musical concebido por Naná Vasconcelos
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Bailarina: Nefertiti Coutinho
Figurino: Danilo Danti
Produção de vídeo: Luciana Moura
@nefertiticoutinho
@liriodanti
@lucianacdmoura
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ABERTURA CARNAVAL 2024
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Bom Dia PE I Naná Vasconcelos é homenageado com mural gigante criado pela artista Micaela Almeida
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Hoje, 2 de agosto, é um dia especial para a música pernambucana (e brasileira). Há 34 anos, morreu Luiz Gonzaga, aos 77 anos. Há 79 anos nascia Juvenal de Holanda Vasconcelos, ou Naná Vasconcelos. Os dois foram dos mais talentosos e influentes artistas da história da música deste país. Não perigam cair no esquecimento, como tanta gente boa caiu. Gonzagão pela imensidão e profundidade de sua obra. Naná por ser uma constante fonte onde músicos continuam a beber, daqui e do exterior.
A Sony music, que controla o acervo da RCA, deveria reeditar em CD vinil a discografia de Luiz Gonzaga nessa gravadora. O que está em catálogo de Lua é, em sua maioria, coletâneas, um ou outro disco original, em CD. Aqui no Brasil, há pouco. ou quase nada de Naná Vasconcelos em catálogo. Mas lá fora discos seus estão sendo reeditados, sua mulher Patrícia Vasconcelos, lá de Nova Iorque, batalha pra isso.
Recentemente postei aqui sobre dois petardos que o selo alemão Alter Cat lançou em vinil, Africadeus e Naná Nelson Ângelo e Novelli (ambos de 50 anos atrás). Há fartura de Naná no catálogo da ECM Records. Permanece disponivel na gravadora, também alemã, quase tudo que Naná gravou solo, com Egberto Gismonti, ou
participações em ene projetos de músicos como Jan Garbarek, Pat Metheny, com o Codona (ele, Collin Walcott e Don Cherry).
NANÁ VASCONCELOS: UM ARQUEÓLOGO PARA INVESTIGAÇÕES SUTIS
O Brasil e o mundo têm seus ouvidos ligados nele, e ele emite batuques dissonantes pelos mil alto-falantes.
Sua presença mantém teso o arco da arte e é da maior importância para todos nós.
Além de versos
No tambor de todos
Os seus ritmos e
Na rima de seu estilo.
Nessa justa homenagem que presto ao nosso Orixá Naná Vasconcelos, era assim que eu o chamava, recordo-me do nosso último encontro em uma tarde cinzenta de domingo, novembro de 2015.
Naquela ocasião, entre tantas idas e vindas, os temas Morte, Vida e Ressurreição permearam a nossa longa conversa, regida por pausas e silêncios.
Talvez inspirado por uma região de silêncio, Naná confessou-me: “Só a ressurreição da carne me sustenta. É ela que constitui a última utopia humana. Só consigo justificar-me, enquanto pessoa, se passo a apoiar-me no esplendor de uma plenitude maior do que a morte”.
Naquele breve instante, tive a clareza de que o nosso artista estava querendo assegurar-me de que morte é passagem, é nascimento, é ruptura catastrófica da forma, é imersão no tempo e na fuga vertiginosa que o constitui.
Sim, tive o privilégio de ser amigo de Naná Vasconcelos.
Meus encontros com Naná eram enriquecidos pelo timbre incomum da sua voz, por sua fala maneira e cadenciada, pelo olhar e expressão do rosto, a movimentação corporal, sobretudo das mãos – tão única, tão sua.
As frases que guardo desses momentos impõem sua presença como poeta e, para mim, um religioso poeta. De repente, algo só fazia sentido se nos abríssemos para a transcendência. Retomando o nosso último encontro, ele concluiu, assim como num jato: “O Ser Humano exige doutrina, que garanta a ressurreição dos corpos”, e eu repeti “Dos últimos artigos do Credo. Mas o meu favorito desses é a Comunhão dos Santos”.
“A Comunhão dos Santos”, aí foi ele que repetiu, com entusiasmo que o levava a levantar-se, inclinar muito o tronco para a frente, balanceando-se. Veemência também na voz: “Muito importante a Comunhão dos Santos. Dogma lindo”.
Como os seus olhos brilhavam quando o assunto tocava, aproximava-se, roçava em religião. Não sei bem o que, para ele, não roçava em religião.
Guardo comigo, com muito cuidado, o meu primeiro encontro com Naná. Era o ano de 1998. Estávamos no estúdio Via Som, em Recife, onde ele iria gravar uma participação especial em meu primeiro CD Olhar Brasileiro. Naná aproveitou uma pausa na gravação e apontando para uma linda samambaia, que pendia do teto, falou: “Mais importante que tudo isso é essa samambaia. Eu tomo a benção a essa samambaia”.
Naquele instante, o que era som converteu-se em um silêncio abrasador entre todos nós.
Me é dado sentir a felicidade do encontro entre convicções minhas e suas formulações tão perfeitas e tão simples. Soavam como hinos de amor às coisas. Sobretudo, porque a esperança era um traço que dominava os ditos e fazeres de Naná Vasconcelos.
O coração de Naná bateu demais por grandes causas.
A morte, mesmo que para ele pudesse existir, não romperia uma existência como a sua. À distância, senti a dor que havia em mim. Mas o corpo dentro da urna, não era o Naná. Era apenas o barco que o luminoso companheiro do espírito deixara para continuar a viagem – o perito navegante – por oceanos que alguns viventes não conhecem, mas obscuramente sabem que existem.
Um dos aspectos mais importantes da grande criatura que era Naná Vasconcelos era a sua capacidade de se indignar. Talvez fosse essa a sua principal manifestação de bondade. Era quem podia machucar, mas, muito mais, era quem podia curar. Conferia uma dimensão de grandeza à impaciência.
Muitas vezes penso em Naná Vasconcelos como um João de Guimarães Rosa, com a doçura contemplativa dos pernambucanos. Naná era um devoto do aspecto trinitário de Deus, mas me parecia que amava especialmente o Filho, oscilando entre o apelo divino e o das carências humanas pelas quais veio ao mundo já destinado à morte.
Nosso artista, desde sempre, confessara sua crença em Deus. E como era belo, generoso, libertário e popular o seu Deus.
Um dos seus traços mais notáveis era a sua imprevisibilidade. O homem e o artista nunca estavam onde a convenção mandava estar. Nos encontros marcados, sua presença trazia sempre consigo a surpresa. Exemplo típico dessa imagem de marca foi a atitude para com a religião. Aparecendo publicamente como religioso, encantou, apaixonou, emocionou, intrigou e fez pensar todos aqueles que, enquanto artistas, acham que no humano nada é evidente por si mesmo.
A religião e a música nada mais podem dizer sobre o sagrado, exceto que, diante dele, a palavra cala.
Pode a música coexistir pacificamente com a religião? É possível afirmar a verdade de uma, sem negar a verdade da outra?
Essa questão, Naná nos deixa como legado de seu espírito inquieto e criador. Num universo desencantado, dessacralizado e dessignificado, como o nosso, ela pode parecer nostálgica, como uma foto amarelada. Mas, para os que não se deixam enganar pelo fogo fátuo da civilização ou barbárie, ela continua atual e enigmática.
Aqui estava contido, talvez, o seu paradigma mais essencial, construído por um plantador de sonhos: em tempos de barbárie, recorramos, pois, aos artistas e suas cosmogonias, mesmo sabendo dos riscos da velha querela entre o saber dos artistas e a prática filosófica do logos.
Plantador de sonhos: talvez seja essa a qualificação mais apropriada à atuação de Naná Vasconcelos, como homem e como artista, que soube ultrapassar os limites do senso comum e das distinções cartesianas para semear campos onde a humanidade possa realizar, florescer e fertilizar.
Naná Vasconcelos, como em tantas coisas mais, soube estar atento à beleza e à verdade. Não seria de estranhar: nada que era humano lhe era indiferente. Aproximou-se ferozmente do essencial. Era um romântico impetuoso, atiçado pela paixão sem rédeas, devotado lutador junto a causas indefensáveis.
Pagou um preço que foi preciso pagar, para construir uma linguagem original e conquistadora, que não se limitasse a enunciar o que já sabíamos, mas que nos introduzisse em experiências bifurcadas, em perspectivas que jamais seriam as nossas e nos desfizesse, enfim, de nossas manchas preconceituosas.
Nos fez pensar o que Merleau-Ponty nos aponta: nenhuma obra de arte ou pensamento pode ser total, e que toda verdadeira obra é feita de significações abertas.
Naná foi mais longe ao admitir que em música não há superação absoluta, assim, a importância do que faz o artista mede-se pela extensão do poder que suas obras conferem sobre as coisas e sobre nós mesmos.
Naná era personalidade vibrante e viveu intensamente os seus 70 anos. Exerceu o seu ofício com amor, paixão e eficiência. Tudo que atraía o seu interesse era feito com exaltação, entrega total e apaixonada. Lúcido e sensível, tinha singular capacidade de percepção do humano, tanto no plano individual como no plano social.
Depois de toda uma inquieta busca, da incansável fé em suas utopias, Naná Vasconcelos está na luz. Ele não nos deixou. Caminha conosco na Comunhão dos Santos, protestando, libertando, poetando, somando-se àquela humanidade que ascende penosamente ao Reino da Liberdade, primícias do Reino de Deus.
Como poucos, Naná Vasconcelos era um artista de verdade. Um desmanchador de cercas e um administrador de esperanças.
Consta que, no hospital, antes de morrer, Naná abriu os olhos e disse: “… agora nós dois…”.
Quando transcendia a vida, quando dava o salto para continuar seu voo, Naná abriu bem os olhos e falou para Patrícia, sua companheira: “Patrícia, agora, entre nós, tu, eu e ela. Solidão.”…
Mestre Lua
Itálo
Bruno Esteves
Homenagem ao mestre Naná Vasconcelos por @paula.a.vital
Imagens de Naná: acervo do Projeto Dança Vida @projeto.danca.vida
Imagens com o drone: @edson.gaiaexp.oficial
Edição: @hesh.love
O título já anuncia: “Isso Vai Dar Repercussão”! Orgulhosamente, o NOIZE Record Club apresenta o histórico álbum de Itamar Assumpção e Naná Vasconcelos. Lançada em 2004, a obra sairá pela primeira vez em vinil, com áudio remasterizado para o formato e arte gráfica ampliada. Clique no link na bio, assine e garanta agora seu kit exclusivo com LP amarelo opaco e a edição # 129 da revista NOIZE.
Itamar Assumpção é um dos nossos maiores compositores. Um dos principais expoentes do movimento da Vanguarda Paulista, ele deixou um legado incomparável para a canção nacional. Naná Vasconcelos, por sua vez, é considerado um dos maiores percussionistas do mundo e teve participação decisiva na difusão da música brasileira no exterior. Em “Isso Vai Dar Repercussão”, “o som dos dois foi modificado pelo som dos dois”, conforme declarou Naná na época do lançamento.
Unidos por intermédio de Zeca Baleiro, os artistas iniciaram, em 2001, as gravações do álbum. Três anos depois, após a morte de Itamar, o baixista e produtor Paulo Lepetit encabeçou a finalização do material. Utilizando as gravações iniciais, onde Itamar interpreta suas composições com voz e violão, acompanhado por Naná nas percussões, Lepetit reuniu artistas como Anelis Assumpção, Bocato e Vange Milliet para concluir o disco.
Em “Isso Vai Dar Repercussão”, os trava-línguas das letras de Itamar transformam-se em refrões grudentos, enquanto Naná faz do corpo um tambor, inclusive usando a percussividade da voz. Músicas cíclicas, como “Fim de Festa”, soam como mantras, sem nunca soar repetitivas. Mesmo o samba é reinventado em faixas como “Justo Você Berenice”. O álbum é a união de dois “afro-brasileiros puros”, como canta Itamar, criadores que desconheciam as barreiras entre gêneros musicais.
Lançado agora pela primeira vez em vinil, “Isso Vai Dar Repercussão” chegou ao NOIZE Record Club! Faça parte do clube e receba em casa seu kit exclusivo com LP amarelo opaco + revista NOIZE # 129. Corra para garantir o registro histórico do encontro de Itamar Assumpção e Naná Vasconcelos, dois grandes gênios da música brasileira.
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14/09 XII COPENE 15h Lançamento do Processo de Criação da CÁTEDRA NANÁ VASCONCELOS – UFRPE e do Dia Mundial da Terra em Pernambuco (2023) No Anfiteatro do CEGOE UFRPE com transmissão ao vivo pelo Canal da Associação Brasileira de Pesquisadores(as) Negros(as)
www.youtube.com/watch?v=iJ7mgR5K-CU
#ufrpe @ufrpe #proexc #EXTENSAOVIVA #EXTENSAO
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@proexc.viva.ufrpe
@nana.vasconcelos_ccac
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@anapaulajones
@fabiogomes.on
@jourdelaterreca
“La vida fue mi escuela, entre la calle y el escenario aprendí música y hoy es mi intención transmitir todo ese conocimiento”, dice Naná Vasconcelos, uno de los mayores percusionistas brasileños y un músico con una conmovedora historia para contar. “Fui muy pobre y nunca tuve escuela, todo lo aprendí en la calle. A los doce años ya era profesional y recuerdo que tocaba en cabarets con autorización de la policía, y en los entreactos, como era menor, debía salir y quedarme en la calle hasta volver a tocar”, cuenta, antes de dar su workshop en Notorious”.
Caminos
📺 Bem Viver na TV | Quintais florestais, o legado de Chico Mendes vive no Acre
E no Mosaico Cultural. o legado do incomparável Naná Vasconcelos, pioneiro na integração da consciência ecológica com a música e a luta pela preservação de sua obra.
texto: Rodrigo Brandão
Oriundo de São Paulo, Rodrigo Brandão é escritor, artista, performer de spoken word, está ligado à música desde sempre. Nesta nova colaboração com a jazz.pt, Rodrigo Brandão faz uma ponte com a música brasileira e outras referências pessoais do jazz. Aqui está a primeira crónica da série “Lua Cheia”.
Me recordo do dia em que Naná Vasconcelos nasceu na minha história. Papo de milênio passado, ano nove cinco. Caminhava a esmo por Pinheiros (São Paulo), quando vi o sobrenome cereja de certo trompetista, que sabia ser grande, numa capa de disco com textura de madeira, jogado à beira da banca de jornal.
Leia completo no link abaixo.
https://www.jazz.pt/artigos/2022/04/16/carta-de-amor-nana-vasconcelos/
Poesia Muda é o título do terceiro livro de Paulo de Tarso Porrelli, que ele lança em formato e-book gratuito. O designer Daniel Olitta Belluco assina a capa e a direção de arte. O livro pode ser baixado aqui.
Don And Moki Cherry’s Organic Dreams Made Real
Lançamento Don Cherry e Naná Vasconcelos ” Organic Music Societies- ” 1972
Já nas plataformas digitais
Espaço PE – Especial Naná Vasconcelos
22 minExibição em 12 mar 2016
Linda imagem da estátua de Naná na Praça do Marco Zero, no Recife.
Foto: Edésio Lemos @edesiolemoss
Brazilian Percussion Instruments | Virtual Museum Curator Tour
Milton Nascimento nascimento faz show em Pernambuco e se emociona falando sobre Naná Vasconcelos.
BOL NOTÍCIAS – HOMENAGEM A NANÁ VASCONCELOS EMOCIONA PÚBLICO NA ABERTURA DO CARNAVAL DO RECIFE
PROGRAMAÇÃO IX BIENAL DE PERCUSSÃO – HOMENAGEM À NANÁ VASCONCELOS
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